terça-feira, 30 de novembro de 2010

Não te perdôo

Nem se atreva a me pedir perdão. Não te perdôo. Nem se passa pela minha cabeça perdoar você pelas tardes naquele banquinho de sempre, onde eu conheci a felicidade. Sou incapaz de perdoar você pelas rosas. Por que logo elas? Você sempre soube que são as minhas favoritas! E do chocolate? O que fala? Que eram pra adoçar minha vida? Se essa era idéia, você devia ter vindo embrulhado naquele pacotinho porque depois que você se foi só me resta o gosto amargo. As cartas estão guardadas naquela caixa gigante em cima da estante, mas elas deixaram de representar felicidade e eu só sinto aquele nó na gargante quando, em uma noite de insônia (não muito raras), eu as leio. Falta coragem pra queimar, jogar fora, te esquecer de vez! As fotografias também deixaram de representar felicidade e eu percebi que não preciso revê-las para lembrar de cada momento. Eles estão guardados em um lugar que, mesmo que eu não queira, vou levar junto comigo nos próximos 100 anos. É por isso que eu quase te odeio. Mas esse quase é o que me incomoda sempre.